☕ Arábica x Canephora: entenda as espécies de café e como elas influenciam o que você sente na xícara
O café que você consome todos os dias vem, na maior parte das vezes, de uma ou duas espécies principais: Coffea arabica ou Coffea canephora. Cada uma delas tem histórias, sabores e particularidades distintas — e entender essas diferenças é fundamental para quem quer evoluir no mundo do café.
🌱 O que são espécies de café?
As espécies de café representam a base genética da planta. Assim como vinhos têm diferentes castas de uva, o café tem suas espécies e variedades, que influenciam diretamente o aroma, sabor, corpo, acidez e até o teor de cafeína da bebida.
No Brasil, duas espécies dominam a produção:
- Coffea arabica (arábica)
- Coffea canephora (popularmente conhecida por suas variedades: robusta e conilon)
☕ Coffea arabica: complexidade e elegância sensorial
O arábica representa cerca de 70% da produção mundial e é amplamente cultivado nas regiões de maior altitude e clima ameno. É a espécie mais usada na produção de cafés especiais, justamente por sua conhecida complexidade sensorial.
- Grãos mais delicados e adocicados
- Notas que variam entre florais, frutadas, achocolatadas
- Menor teor de cafeína (cerca de 1,2%)
Algumas variedades arábica cultivadas no Brasil:
- Catuaí
- Catucaí
- Caturra
- Arara
- Mundo Novo
- Bourbon
- Acaiá
- Acauã
- Gesha
🌾 Coffea canephora: robusta e conilon são variedades da mesma espécie
A Coffea canephora é a segunda espécie mais produzida no mundo e engloba diversas variedades botânicas, sendo as duas mais conhecidas o robusta e o conilon. Ambas pertencem à mesma espécie, mas são variedades geneticamente distintas, com diferenças em aspectos agronômicos e sensoriais.
- Robusta: cultivada em diversos países. No Brasil, é encontrada principalmente na região amazônica, com destaque para Rondônia e Acre.
- Conilon: variedade amplamente cultivada no Brasil, especialmente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Adaptada ao clima tropical, é reconhecida por sua produtividade, resistência e versatilidade.
Características marcantes:
- Grãos com mais cafeína (até 2,4%)
- Notas em geral mais tostadas e achocolatadas, mas que, dependendo do processo e do clone, podem apresentar notas frutadas e florais
- Alta resistência a pragas, doenças e calor
Clones e avanços genéticos: o Brasil tem investido fortemente no melhoramento genético e clonagem de plantas. Clones como A1, R8, G35, Z13, entre outros, foram desenvolvidos por instituições para garantir padronização, produtividade e qualidade sensorial.
🏆 Canephoras Especiais: uma revolução brasileira
Nos últimos anos, produtores e pesquisadores vêm quebrando paradigmas ao apresentar canephoras de alta qualidade sensorial — com fermentações controladas, colheitas seletivas e processamento criterioso.
O Brasil é líder nessa virada: produzindo robustas e conilons especiais com notas doces, complexas e surpreendentes. Tão relevante é esse movimento que já está em desenvolvimento uma roda de sabores própria para os canephoras, assim como já existe para o arábica.
Esses cafés já não são mais “coadjuvantes” nos blends. Eles têm identidade própria — e um papel fundamental na diversidade do café brasileiro.
🔍 Como diferenciar os grãos: formato e aparência
- Grão arábica: mais ovalado, sulco central levemente ondulado, coloração mais uniforme
- Grão canephora: mais arredondado, sulco reto, coloração mais escura e densa
🇧🇷 Mapa da produção de café no Brasil
O Brasil é o maior produtor de café do mundo — e essa liderança vem da diversidade:
- Arábica: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná
- Canephora (conilon e robusta): Espírito Santo, Rondônia, Bahia, Acre, Amazonas, Minas Gerais
🌍 Outras espécies menos conhecidas
Além do arábica e do canephora, o gênero Coffea conta com mais de 120 espécies catalogadas. Algumas ganham destaque:
- Liberica – Embora pouco difundida comercialmente, a Coffea liberica chama atenção por suas árvores altas, grãos grandes e perfil sensorial exótico. Sua variedade mais conhecida, Dewevrei (também chamada de Excelsa), foi por muito tempo tratada como uma espécie independente, mas hoje é considerada parte do grupo das libericas. É cultivada em pequena escala na África e sudeste asiático, sendo valorizada por notas frutadas intensas e perfil rústico.
- Stenophylla: redescoberta recentemente, combina resiliência e qualidade sensorial.
🍒 O que você encontra na CEREJA REAL
Trabalhamos com cafés arábica e canephora, sempre focados na qualidade, identidade e origem. Cada lote é selecionado com critério, sensorialmente avaliado e torrado com atenção ao detalhe.
Valorizamos a diversidade do café brasileiro — e acreditamos que cafés excepcionais existem em todas as espécies, desde que tratados com boas práticas.
☕ Quer provar na prática?
Acesse nosso site e descubra cafés com história, origem e personalidade:
👉 www.cerejareal.com.br
Deixe nos comentários os assuntos que você gostaria que fossem mostrados no nosso Blog ;)
Inscreva-se no nosso site para receber novidades e descontos exclusivos!
👉 Conheça nossos cafés especiais
👉 Siga a CEREJA REAL no Instagram e acompanhe os bastidores do sítio e da torra.
1 comentário
Muito bem explicado. Estão de parabéns!